As glândulas salivares podem ser divididas em maiores e menores. As primeiras são as glândulas parótida, submandibular e sublingual como são pares, possuímos seis glândulas salivares maiores. Por outro lado, há centenas de glândulas salivares menores, distribuídas na camada submucosa de boa parte do trato aerodigestivo superior da boca, faringe, laringe, nariz e seios paranasais.
A glândula parótida é a maior e a mais importante das glândulas salivares maiores, apresenta uma forma piramidal, e situa-se na região pré-auricular e é dividida por um plano formado pelo nervo facial e seus ramos em lobo superficial e profundo. O lobo superficial, que corresponde a cerca de 80% do tecido salivar, sua secreção escoa pelo ducto de Stensen, desemboca na cavidade oral próximo ao segundo molar superior.
A glândula submandibular situa-se no triângulo sub- mandibular (área do pescoço logo abaixo do osso da mandibular), sua secreção chega à cavidade oral através do ducto de Wharton, que desemboca próximo ao freio lingual.
As glândulas parótida e submandibular podem apresentar nódulos e tumores, sendo na parótida 80% benignos e em 20% malignos (câncer), já na submandibular 50% benignos e em 50% malignos (câncer).
Outra afecção bastante frequente é a sialoadenite (inflamação das glândulas salivares) e sialolitíase (cálculo nas glândulas salivares), o processo de formação de cálculos é exacerbado na presença de estase do fluxo salivar dentro do ducto da glândula, a submandibular é a mais suscetível à formação de cálculo pela posição anatômica de seu ducto e característica da secreção salivar.
Portanto pacientes com nódulos, tumores ou aumento de volume das glândulas salivares, merecem a avaliação de um Médico Cirurgião de Cabeça e Pescoço, para definição diagnóstica e de tratamento, que muitas vezes é cirúrgico.